domingo, 25 de outubro de 2015

Trazia um vestido preto comprido, até estava composta até tu me abrires a porta. 
Pegaste-me na mão com a pouca delicadeza que tens e puxaste-me para dentro. 
Começas a mordiscar estes lábios carnudos enquanto as tuas mãos me percorrem as costas...
Agarras-me pelas coxas, pegas-me ao colo contra a parede e num soltar de suspiros, o longo corredor da tua casa já estava percorrido.
Mandas-me para cima da cama...mas hoje não...hoje não és tu que me dominas. 
Levanto-me e peço-te ajuda com o fecho do vestido...
Já está caído no chão, apertas-me os seios com tanta força, puxas-me contra ti e segredas-me ao ouvido "és minha"...
Viras-me repentinamente e empurro-te lentamente contra a cama...
As palavras são trocadas por gemidos, os poucos toques são trocados por orgasmos...
Penetras-me, retraio-me, a vida é feita de pequenos prazeres e este é o meu...é o teu...é o nosso...
Toca-me mais uma vez, toca-me as vezes que quiseres, cada vez mais fundo, cada vez mais profundo, só não te deixo tocar na alma...essa guardo para quem quer mais que uma noite.
Deixas-me imunda, não gosto, tu adoras deixar-me insignificante enquanto fumas um cigarro à janela.
De ti já não espero nada. 
Durante enumeras noites fui embalada por palavras de amor, fui enganada por prendas caras, fui tua...achava eu...
As perguntas foram desaparecendo..."quando a deixas?"..."Quando pensas em nós?"...
Para ti não passava de um corpo que manipulavas. 
Eu só precisava de Amor...mas primeiro...o próprio. 


Sem comentários :

Enviar um comentário