domingo, 25 de outubro de 2015

Trazia um vestido preto comprido, até estava composta até tu me abrires a porta. 
Pegaste-me na mão com a pouca delicadeza que tens e puxaste-me para dentro. 
Começas a mordiscar estes lábios carnudos enquanto as tuas mãos me percorrem as costas...
Agarras-me pelas coxas, pegas-me ao colo contra a parede e num soltar de suspiros, o longo corredor da tua casa já estava percorrido.
Mandas-me para cima da cama...mas hoje não...hoje não és tu que me dominas. 
Levanto-me e peço-te ajuda com o fecho do vestido...
Já está caído no chão, apertas-me os seios com tanta força, puxas-me contra ti e segredas-me ao ouvido "és minha"...
Viras-me repentinamente e empurro-te lentamente contra a cama...
As palavras são trocadas por gemidos, os poucos toques são trocados por orgasmos...
Penetras-me, retraio-me, a vida é feita de pequenos prazeres e este é o meu...é o teu...é o nosso...
Toca-me mais uma vez, toca-me as vezes que quiseres, cada vez mais fundo, cada vez mais profundo, só não te deixo tocar na alma...essa guardo para quem quer mais que uma noite.
Deixas-me imunda, não gosto, tu adoras deixar-me insignificante enquanto fumas um cigarro à janela.
De ti já não espero nada. 
Durante enumeras noites fui embalada por palavras de amor, fui enganada por prendas caras, fui tua...achava eu...
As perguntas foram desaparecendo..."quando a deixas?"..."Quando pensas em nós?"...
Para ti não passava de um corpo que manipulavas. 
Eu só precisava de Amor...mas primeiro...o próprio. 


sexta-feira, 16 de outubro de 2015

Já tiveram rasgos de pensamentos de quando morressem?
Como seria?
Como ficavam as pessoas que gostam de nós? 
Como a vida continuava sem estarmos cá?
É só seguir em frente?
Por vezes fico feita parva a pensar nisso.
Queremos tanto ser lembrados...quanto tempo nos davam 1 semana? 1 mês? 1 ano?
Não quero ser posts de facebook em que gritam aos quatro ventos que têm saudades só para se sentir bem "dever cumprido" já marquei este dia como se ainda estivesses cá.
Eu quero é que ainda me vejam, ainda me sintam, ainda me amem como se partilhassem a vida comigo, que me fizessem todas as manhãs as torradas que adoro e o cheiro a leite morno a percorrer a casa. 
Quero que me desfaçam a cama, que façam lutas de almofadas nela, que se aconcheguem no meu pequeno recanto no mundo, que amem o nosso lar e que não mudem as minhas coisas de lugar. 
Quero que vão apanhar banhos de sol às praias que costumamos ir, que atirem água uns aos outros, que ensinem os pequenos a nadar e que se aventurem mesmo a água estando gelada.
Não quero que deixem de ir aos mesmos sítios que íamos só para não me lembrarem...porque é que não devemos de ser lembrados? porque nos evitam depois de mortos? nós marcámos a vossa vida lembram-se? porque são tão egoístas quanto à vossa saudade? quanto ao vosso sofrimento?
Quero que marquem uma viagem pelo o mundo e que o façam comigo...que descubram o encanto deste mundo e que eu esteja presente em pequenas coisas que encontram. 
Quero que vejam o nascer do sol todos juntos e que vejam o privilégio que é estarem mais um dia unidos e felizes. 
Quero que celebrem os dias que já não estou presente e não com tristeza por já ter partido. 
Quero que corram contra o vento que abram lentamente os braços e que se sintam livres. 
O mundo é um bocadinho nosso. 
E nós vamos ser um bocadinho do mundo.
O nosso medo não é sermos esquecidos...
É não termos sido suficientemente especiais para alguém...
Quero marcar a diferença. 
Deixa-me.

terça-feira, 6 de outubro de 2015

Ao meu primeiro grande amor...

Fomos derrotados pela flor da idade, não sabia que a adolescência nos fazia viver momentos tão intensos, tão amargos, tão alucinantes,tão repentinos...
Repentina...repentina  foi a forma como te deixei ir...já viste a merda que fiz? queria poder dizer-te tudo, queria poder voltar a ver-te, queria poder falar contigo, saber como estás, ver naquilo que te tornaste, sempre foste um bom rapaz sabes? sempre fomos tão diferentes e completava-mo-nos tão bem. Queria poder ter-te agarrado uma última vez, antes de te ter deixado ir. Lamentável a minha última figura a ver-te partir. Aquele sofá nunca guardou tantas lágrimas e mágoas como nesse dia. Estas paredes nunca ouviram tantos gritos de raiva e de dor, esta cama nunca esteve tão vazia e os meus olhos...os meus olhos nunca estiveram tão apagados.
Tu foste...levaste contigo toda a nossa história, não a quiseste partilhar com mais ninguém, sou apenas uma gaveta fechada no teu passado que tu não queres nem tencionas abrir por muito que esforce essa fechadura vai ficar firme.
Como é que ficamos? como é que ficaste? quem é a parva que pensa que depois de um amor fica uma amizade? eu queria e tu? impossível eu sei... não dá para olhar apenas para os lábios que eram nossos sem os beijar...não dá para ouvir as tuas lamurias sobre outras raparigas para  ocupar o meu lugar, não dá para ver esses braços sempre tão tensos, aqueles que me abraçavam sabes? que me faziam acreditar que iria tudo ficar bem e que estariam sempre ali para me proteger.
Eu mudei. Tu mudaste. Nós mudamos. Eu cresci. Tu cresceste. Nós crescemos.
Sabes...acho que vivemos a nossa história no tempo errado...na altura errada...de forma errada.
Como é que uma história acaba assim? o destino é uma merda sabes? por mais quanto tempo vou pedir-lhe para que nos cruzemos de novo? para mostrar que és o que quero...hoje e sempre...que não quero mais que vás a não ser que seja comigo.
É tarde não é? já posso deixar cair esta esperança? já posso seguir em frente e saber que nunca mais vou olhar para trás? fizeste parte do meu passado, porque não podes fazer no futuro? diz-me porquê? porque não apareces? porque não posso voltar a ver esse sorriso, essas parvoíces que tanto me fizeram rir?
Foste o meu primeiro grande amor sabias? desta não devias saber, nunca te disse...passei a minha adolescência toda contigo e se queres que te diga não me arrependo de cada porcaria que fizemos. Temos tantas histórias para contar...pena que já não seja em conjunto.
Posso rasgar as tuas fotos? fingir que nunca exististe? que nunca existimos? posso desejar voltar a ser amada tanto como fui por ti? posso ter-te a meu lado? fazíamos uma dupla imbatível sabias?
Precisava de abrir a mente, de expandir os meus horizontes para perceber que sempre estiveste ali...
Hoje estou sentada sozinha num bar...a brindar a nós...a ti...ao meu primeiro grande amor. 
Obrigada por teres existido.
Tenho saudades,
Voltas?

São Pedro do Sul

Hey!

Andei perdida por São Pedro do Sul. Para quem não conhece é uma cidade que fica no distrito de Viseu.
Confesso que já tinha andado pelas termas, já tinha visitado um pouco de Viseu e já tinha parado por lá para me deliciar com um chocolate quente enquanto observava o rio...lindo!
O que não sabia é que São Pedro do Sul tinha um poço LINDO DE MORRER com cascatas. Achei aquilo magnifico, de uma paz que andava a precisar, de calma, de ar puro e de serenidade. 
Amo morar na cidade, mas por vezes precisamos mesmo de um retiro e de pensarmos bem nas coisas que queremos de nós e dos outros. 

Aqui ficam algumas fotos de Poço Azul.

Have fun!